Sunday, January 7, 2018

MATÉRIA: Uma análise da odisseia espacial - Parte 5 / 5: Jupiter And Beyond The Infinite

"E ninguém nos levou à terra / E ninguém sabe os "ondes" e "porquês" / Mas algo se move e algo tenta / E começa a subir através da luz" ("Echoes", Pink Floyd)

Sejam bem vindos à última parte da análise de 2001: A Space Odyssey. Vamos direto ao assunto, pois aqui há muito a ser observado.


Parte 4

Como eu disse anteriormente - e por anteriormente, leia-se "no ano de 2016" - chegamos finalmente ao trecho mais complicado de todo o filme. Pra piorar, o tempo restrito não me deixou pensar muito, então levou toda esta janela entre a parte anterior e esta; mas felizmente, estou terminando, finalmente. Prestem muita atenção nestas observações, e se possível, estejam com o filme por perto para melhor entenderem a análise que irei tecer aqui.

Vou iniciar dizendo uma opinião pessoal: talvez nenhum outro filme feito em qualquer época seja capaz de nos esconder tantos significados e nos dizer tantas coisas, como este. 2001: A Space Odyssey é tão único, que mesmo que muitos filmes hoje em dia ainda tentem ser o próximo 2001, todos eles acabam se explicando demais, uma hora ou outra. Kubrick era um exímio encriptador de mensagens, alguém muito além do seu tempo. A prova disso é que ainda hoje estamos falando sobre o seu filme.

Há vários exemplos de filmes mais atuais que experimentam com este formato que Kubrick idealizou: The Fountain (2006), de Darren Aronofsky, Moon (2009), de Duncan Jones, Gravity (2013), de Alfonso Cuarón e Interstellar (2014), de Christopher Nolan; todos eles ótimos filmes, sem dúvida, porém, quando analisados do ponto de vista de esconder bem suas pistas e mensagens, muitos deles perdem em profundidade e outros explicam tintim por tintim onde querem chegar. Talvez o único exemplar de cinema capaz de feito semelhante ao de Kubrick seja o ótimo Solaris (1972), de Andrei Tarkovsky, que foi refilmado em 2002 por Steven Soderbergh, refilmagem que acabou seguindo pelo mesmo caminho dos filmes citados anteriormente.

2001, por outro lado, mantém todas as suas pistas de forma que o expectador atento tenha que observar bem o caminho de migalhas de pão, várias vezes inclusive, para montar o mosaico em sua mente. E esse lance do olhar está, mais do que em qualquer outro trecho do filme, explícito aqui na última parte, onde Kubrick enfatiza o olho humano tão bem, que é como se estivesse nos gritando "OLHEM!", quase com medo de desviarmos a atenção do que se passa na tela. Desta forma, vamos observar com atenção a catarse imagética que este final nos propõe.

CAP 3. JUPITER AND BEYOND THE INFINITE

Direto ao ponto, que há muito a ser falado. Este trecho final do filme rima com o primeiro, THE DAWN OF MAN, no sentido de que é totalmente silencioso; não há diálogos aqui, apenas visual e trilha.

Inicialmente vemos, logo depois do título desta parte, uma tela preta. Curioso que o filme em si se inicia com uma tela preta, não? E após a Intermission, também temos uma tela preta. Guarde estas informações para mais tarde!

Vemos o Monolito vagando pelo espaço, não mais em sua famosa posição vertical, mas deitado, sem um posicionamento definido, de forma que não conseguimos mensurar seu tamanho. A pedra enigmática se alinha depois com os satélites de Júpiter, em um perfeito alinhamento horizontal. Curioso o alinhamento horizontal, não? Guarde também esta informação que iremos voltar nela.


Ao mesmo tempo, O módulo da Discovery One deixa a nave. Outra coisa curiosa a se observar, não? Talvez você, leitor, ainda não esteja vendo muito sentido nisso, mas lembre-se: há ainda duas coisas a se resolverem no filme, o destino do homem e o segredo do Monolito. Portanto, guarde também este dado, irei demonstrar, mais a frente, que ele rima com algo muito importante relativo à natureza do próprio ser humano, e que nos foi martelado durante todo o filme.

Alinhando-se com as luas de Júpiter, o monolito parece dizer a Dave: "ok, homem, chegou a hora de eu lhe mostrar algo; SIGA-ME!" Dave segue o monolito e tem início uma viagem intergaláctica através de um portal que vamos chamar de "stargate". Aqui é a parte mais complicada, e é a que muita gente não consegue olhar, sem dizer que os criadores do filme fumaram um baseado ou qualquer outra coisa. Brincadeiras a parte, a viagem é mesmo intensa, e de difícil entendimento. Quando Kubrick disse, em suas entrevistas, que as mensagens de seu filme estavam encriptadas, ele realmente não estava brincando.

De qualquer forma, a viagem começa, e notamos que Dave Bowman parece segurar a sua respiração. A sua cabeça começa a tremer em uma intensidade absurda, e tudo parece ficar borrado.

Gosto de chamar isso de o caos e a tempestade antes da iluminação. Tudo aquilo que você experimentou anteriormente converge para um único entendimento e explode em seu interior, lhe permitindo finalmente enxergar a verdade por trás da intrincada criptografia do filme. A explosão é simbolizada pela estrela luminosa, pelas galáxias, supernovas, e toda sorte de formas e figuras que enxergamos durante a viagem.

Pense nisso como o "clack" de uma fechadura quando abre, mas em câmera lenta, microscopicamente aumentado; pense nisso como a fagulha de uma lâmpada quando acende, igualmente aumentado e detalhado. Há coisas muito mais profundas neste trajeto.

Repare, primeiramente, que a stargate começa na vertical, que é exatamente a posição a qual viemos a conhecer o Monolito. Logo depois de um tempo, ela muda para a horizontal. Ou seja, partiu de algo que nos é familiar para depois nos dar uma nova perspectiva. Vocês lembram agora a pouco, do Monolito vagando pelo espaço e então alinhando-se com os satélites de Júpiter em uma posição horizontal? É como se o Monolito estivesse nos dizendo "siga-me!", em meio ao rastro da Stargate. Vemos então diversas imagens de Dave catatônico, em várias expressões faciais, às vezes de desorientação total, às vezes horrorizado, ou talvez surpreso, mas o mais importante de tudo são as tomadas de seu olho.

Sim, o OLHO. E quando ele aparece, é como se aquele fotograma estivesse nos dizendo "observe, há algo importante aqui". Percebam que estou utilizando o termo "observar", e não "ver", pois ver todo mundo vê, mas observar é outra coisa, requer atenção total.

Dave não quer observar a princípio; ele espreme os olhos, tenta desviar seu campo de visão... engraçado, vejo uma conexão aqui: Alex, em A Clockwork Orange (Laranja Mecânica) não podia desviar o olho do que passava na sua frente. Curioso como Dave aqui passa por situação semelhante. Dessa forma, ele se assemelha ao homem macaco do início de tudo. Ele fecha e espreme os olhos, mas os constantes chacoalhões e luminosidades não o deixam escapar de ver o que mais teme, o desconhecido. O homem é obrigado a enfrentar a verdade.

DAVE RETORNA À MESMA CONDIÇÃO DO HOMEM-MACACO! De fato, nós, seres humanos, nunca deixamos de ser macacos, pois até hoje, o desconhecido nos causa medo. Continue observando a stargate.

E o que observamos? Primeiramente formas e linhas. As linhas remetem diretamente aos mecanismos de rastreamento utilizados pelos astronautas durante suas missões. Percebam quando as telas mostravam aquelas linhas amarelas e polígonos, quando estavam rastreando alguma coisa; pois bem, estas formas aparecem por aqui. Em segundo lugar, vemos detalhes dos terrenos planetários. Lembram, de volta lá na parte 1 de nossa análise, em que eu chamava a atenção para vocês memorizarem aqueles terrenos? Pois eles estão por aqui também. E o que isso pode ser? A minha resposta é essa: convergência. Tudo aquilo que foi experimentado na história humana, converge aqui na stargate para nos trazer o sentido da jornada. É a explosão a qual eu me referia.

E o olho de Dave continua nos chamando a atenção, dizendo "observem!" Este trecho do filme dura muito tempo, e é temperado com uma trilha sonora assustadora, que nos atormenta e que se intensifica a cada fotograma, com seu coro de vozes ensurdecedor. Como eu disse anteriormente, é o caos e a confusão antes da iluminação. Tudo está vindo às claras para nossa consciência agora; uma vez que a mensagem for decodificada, tudo passará a fazer sentido para nós. Paralelo ao tempo das cavernas, onde o macaco que havia descoberto a ferramenta primeiramente recebeu esta iluminação, certo? E o Monolito estava lá.

Filosofando um pouco mais em relação a esse trecho do filme, posso lançar a assertiva de que o homem está vendo sua vida e sua história diante de si. Uma vez que este é um rito de passagem, podemos entender ele de pelo menos três maneiras diferentes: tempo, espaço e matéria. Tempo, porque tudo passa de maneira muito rápida e intensa, espaço, porque há uma mudança de panorama, o ambiente que temos não será mais o mesmo em mais de um sentido, como veremos a seguir; e matéria porque se assemelha à passagem da vida para a morte. Seria como se Dave agonizasse e visse toda a história do homem de uma vez só, antes de ir para o purgatório.

Uma outra observação pertinente: o ser humano está inexoravelmente atrelado a essas três prisões: tempo, espaço, e mundo físico. O que vamos fazer aqui é retirar o homem dessas prisões. Vamos tirá-lo do domínio do tempo, dos limites do espaço, e das paredes do mundo físico, para o homem observar tudo de uma perspectiva mais superior.

No exato momento que a viagem pela stargate termina, nos vemos em um local diferente. Muitos pesquisadores gostam de se referir a este local como a quinta dimensão, ou seja, a fenda, dentro do espaço, onde passado, presente e futuro se alinham em um mesmo lugar. Não deixa de ter todo o sentido possível. Eu chamo de "palco". É um quarto de hotel suntuoso, todo branco, com banheiro, e o módulo espacial se aloja, bizarramente, dentro deste quarto.

Dave parece atordoado dentro de seu módulo, tremendo muito, apavorado, desconcertado. Não muito diferente do homem da caverna, certo? Pois é, se formos pensar no famoso mito da caverna de Platão, podemos afirmar que o homem finalmente saiu daquela caverna que se encontrava no começo do filme. Fora do módulo ele vê um... astronauta... que por acaso é ele mesmo, mais velho! Desconcertado? Também fiquei na primeira vez que vi. Ok, vamos por partes. Há pelo menos três interpretações para este fato:

1 - a quinta dimensão é um lugar fora do nosso tempo e espaço, onde tudo passa mais depressa;
2 - este espaço é o purgatório onde Dave irá passar pelos ritos finais antes de transcender;
3 - Dave acaba de quebrar a barreira dimensional que separava ele da audiência, e agora se encontra fora do filme.

E todas essas afirmativas fazem perfeito sentido!

Como assim??

Vamos ao primeiro ângulo de visão: supondo que após passar por Júpiter e adentrar a Stargate, Dave tenha viajado muito longe de nossa própria galáxia, em meio a tudo, ele pode ter caido em alguma fenda espacial que o levou a este lugar, uma "sala" em meio a imensidão do vasto espaço, que alguém, alguma entidade alienígena ou alguma "divindade" deixou por lá. Dentro desta sala, Dave irá experimentar a sensação de ver sua própria vida se esvair aos poucos, até estar preparado para finalmente partir do plano orgânico e material.

Se você joga videogame, pense naquele cenário inacabado que o programador deixou fora do cenário normal do jogo, mas de alguma forma, você jogador descobriu o código secreto que leva a ele. É, eu sei que é louco pensar nisso, mas só para facilitar o entendimento. Assista ao filme Interstellar que essa teoria ficará bem mastigada.

Segundo ângulo: supondo que a nave esteja viajando em uma velocidade imensurável, podemos afirmar que, quando a viagem se findou, Dave, figurativamente, abandonou sua forma física, ou seja, ele morreu com a energia quântica. O que vemos a seguir, é seu espírito passando pelas provações do purgatório, antes de transcender e deixar este lugar. Isto é o ponto de vista religioso.

O que nos traz ao terceiro ângulo, puramente lúdico. Este é o mais provável devido às pistas já estabelecidas. Quero lhes chamar a atenção para todo o momento que Kubrick nos alertar à vista frontal de Dave, quase como se o personagem pudesse nos ver aqui de fora. Dave entra na sala após sair da nave. Ele se depara com todo o escopo daquela sala, mas em especial, um grande espelho a sua frente. Vendo a si mesmo, ele percebe que está mais velho. A primeira prisão foi quebrada: o tempo; não há mais um tempo exato neste mundo, então esta prisão foi aberta, e Dave começa a envelhecer muito rápido.

Em um segundo instante, Dave começa a escutar uma respiração forte. Ele caminha em direção à um grande cômodo, e vê que há uma presença nesta sala, sentada em uma mesa. Estarrecido, ele pára. Vemos a presença pelo ponto de vista de Dave, mas assim que ela começa a caminhar em direção à nós, algo muda. Dave se torna a audiência, e como num passe de mágica, o Dave astronauta desaparece, ficando apenas o Dave mais velho. A transfiguração de espaço foi realizada, e a segunda prisão foi quebrada, pois Dave pôde ver a si mesmo em dois lugares diferentes. O homem, ainda mais velho, e quase no fim de sua jornada, se prepara para a despedida.

Para esta parte, o ângulo da religião se faz necessário, e faz todo sentido quando colocado no misto da análise. Temos um detalhe interessante que sempre me chamou a atenção. A vida do homem está se esvaindo, certo? Bem, como metáfora a isso, vamos ver algo acontecer durante a ceia do homem. Ele se senta novamente à mesa, e volta a comer de forma pausada, e reflexiva, parece que aproveitando cada momento final seu. Ele esbarra num copo e o derruba no chão, o copo se quebra, e o líquido se espalha.

Agora pensemos um pouco: o homem se vê às voltas com um copo com líquido. Vimos isso nas partes 1 e 2 da análise, lembram? Na parte 1, primatas brigavam pela poça de água; na parte 2, haviam russos e americanos disputando território, e os copos com água serviam como analogia aos tempos remotos das cavernas. Desta vez, o copo se quebra!


Sentido metafórico: o homem parou de lutar, de fazer perguntas, e se entregou de vez, houve uma mudança de postura em comparação com as situações passadas.

Sentido religioso e abstrato: o copo seria o corpo do homem, e a água, a essência, o espírito, escapando deste corpo. Isto rimaria com a cena no início desta parte em que o módulo espacial deixa a Discovery! Viu como voltaríamos nisso de uma forma ou de outra?

Simbolismo: o copo é o clack... o código se quebra, e o homem finalmente entende a verdade em seus últimos momentos.

E podemos ainda ir um pouco mais longe: concorda que durante toda sua odisseia, o homem tem lutado com si mesmo pela própria sobrevivência? Esta batalha se deu de diversas formas, inclusive contra seu próprio simulacro, a máquina; mas a água é o melhor fator representante disso tudo. A quebra do copo é o mesmo que dizer que este é o ponto onde o homem, voltando à nossa metáfora, parou de lutar.

A transfiguração de tempo e espaço acontecem mais uma vez. Dave se vê deitado na cama, em seus últimos momentos de vida. O Dave da ceia some e dá lugar ao Dave decrépito. A verdade é revelada diante do homem: O MONOLITO. Ele reaparece na frente do homem. Mas desta vez, o homem está preparado para ele. Dave vê algo lá, e tenta se levantar, com a intenção de, mais uma vez, tocar a entidade. Durante este processo, a terceira e última prisão será quebrada: a matéria.

"Mas o que é, afinal o bendito do monolito, Ricardo?"

Olhe para Dave, caro leitor, de frente para o monolito. Agora olhe para a tela de seu tablet, smartphone, computador ou TV, sei lá, onde você estiver me lendo. Lembra do HAL? Ele também! Mais palpável ao entendimento humano, e com câmera embutida, mas a ideia é a mesma. Pense agora na primeira coisa que Kubrick havia pensado na época: A TELA DE CINEMA! Percebeu o sentido do monolito? Aí estava o monolito, bem na sua frente, este tempo todo: A TELA.


Esta é a conclusão a que eu pessoalmente chego, tendo em vista esta jornada toda. Durante muito tempo, eu considerava que o monolito seria uma entidade divina, como Deus seguindo o homem desde o início dos tempos até o fim de seus dias. Dava mesmo pra se enganar neste terreno, mas não creio que seja isso. Você considera absurdo que Kubrick tenha tido a coragem tamanha de quebrar a quarta parede de forma tão sutil e arriscada? Que Kubrick desafiaria todas as convenções vigentes da época e quebraria todas as regras de Hollywood? Calma, não se assuste! Sim, é o que acontece, e isso é diagnosticável, uma vez que a gente lê bastante as entrevistas e comentários de gente envolvida à época da produção, como o escritor Arthur C. Clarke, e presta bastante atenção no que está acontecendo no filme.

Kubrick mesmo disse que não queria parecer tão óbvio colocando, na cena final do monolito, uma imagem da stargate, ou dos homens das cavernas, ou qualquer coisa assim, fazendo a pedra parecer uma TV gigante; a decisão dele se acerta porque anos após o filme, eis que ainda estamos aqui discutindo ele, e faz juz à fama do diretor de exímio encriptador de mensagens em suas obras. Indo um pouco mais a fundo na filosofia, podemos dizer que, estando diante de uma entidade superior (o monolito, representando um grupo enorme de pessoas acompanhando Dave em sua jornada), Kubrick sutilmente despe o homem de toda sua auto-afirmada importância, relegando o velho macaco à um ser entre muitos outros.

Este é o amálgama que Kubrick nos revela antes de mandar o homem ao seu destino final. Se ele se trata de uma criatura pequena dentro deste corpo físico, e quer transcender a uma forma superior de vida, precisará finalmente abandonar a matéria, a sua última prisão. Uma vez que isso é feito, nasce a criança estrela. Dave agora atinge o último estágio de desenvolvimento humano, e sendo agora um ser superior, o universo passa a não ser mais um terreno inóspito; como dono de seu meio, Dave, em uma última e estarrecedora tomada e tendo como fundo novamente o sensacional tema musical de Strauss (uma vez que novamente se trata de algo importante para o homem), nos olha de frente, como se pudesse observar todos os membros da audiência.


E assim, somos deixados com a cena da evolução máxima de Dave, segundo os preceitos já estabelecidos em todo o filme, e mais uma vez saudados, nos créditos finais, com o Danúbio Azul, agora, de forma muito mais verdadeira e menos sarcástica, pois a ferramenta, que esteve presente durante todo o processo de evolução humano, é finalmente descartada, optando o homem por uma evolução do ser, processo este que ele finalmente pôde alcançar após entender seu verdadeiro propósito.

EXTRA: acesse, no link que deixei abaixo, a maravilhosa montagem da música do Pink Floyd, chamada "Echoes", em sincronia com esta última parte do filme. Garanto a você que será uma experiência muito gratificante! Haviam boatos que o grupo inglês de Rock Progressivo havia escrito esta música maravilhosa para o filme, mas não foi usada, mas nós sabemos que não foi assim, contudo, a música sincroniza perfeitamente com estes últimos minutos de filme, em uma beleza estética de som, lírica e imagem inigualáveis.

Termino por aqui, finalmente, minha análise filosófica do filme de Kubrick, contendo minha visão pessoal desta jornada. Texto longo este, hein? Eu sei, caro leitor. Longo e, de certa forma, complexo. Mas eu estava disposto mesmo a fazer algo bem detalhado, não apenas uma síntese. Eu espero que toda esta caminhada que traçamos desde a primeira postagem tenha valido a pena pra você. Vou deixar aqui algumas referências de pesquisa que usei todos estes anos para me interar um pouco mais sobre o universo fascinante desta obra-prima de Stanley Kubrick. Acredito que são fontes muito interessantes, e também creio que você vai achar lá outras coisas muito bacanas, caso queira pesquisar mais a fundo como eu fiz.

Muito obrigado pela paciência; segue a nossa odisseia!

REFERÊNCIAS:

- Kubrick2001.com;
- CLARKE, Arthur C.; The Lost Worlds of 2001, Sidgwick & Jackson Ltd, 1972;
2001: A SPACE ODYSSEY Meaning of the Monolith Revealed PART 1 (2014 update);
2001: A SPACE ODYSSEY Meaning of the Monolith Revealed PART 2 (2014 update);
- CLARKE, Arthur C.; 2001: a Space Odyssey, Ace, 2000;
2001 Space Odyssey Interview w. Arthur C. Clarke - part 1;
2001 Space Odyssey Interview w. Arthur C. Clarke - part 2;
2001 Space Odyssey Interview w. Arthur C. Clarke - part 3;
- AGER, Rob; Kubrick: and beyond the cinema frame - An in-depth analysis of 2001: A SPACE ODYSSEY, 2008.

Tempo total de filme: 2:28:51  hr.

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