I N A G A L A X Y F A R , F A R A W A Y ...


O último filme da trilogia estreou em 1983, terminando a aventura da resistência contra o império galáctico e deixando um legado indelével na história do cinema. Não que um velho barbudo não fosse querer deletar um detalhezinho ou outro para fins comerciais ou para satisfazer o próprio ego, destruindo no processo muitas coisas que os fãs amavam, mas o fato é que esses filmes da trilogia permaneceram tão fortes e cristalizados na memória coletiva, que ainda hoje é difícil para ele fazer isso sem uma outra resistência, a que defende as versões theatrical destes filmes, intervir. Então, essa série de resenhas sobre a trilogia clássica vem justamente de um membro desta resistência! Uau, me senti um Jedi agora!
Mas enfim, vamos finalmente falar sobre o filme que encerra a história de Luke, Han, Leia, e todos os personagens clássicos da trilogia e encerrar este especial para aguardarmos, em pouco tempo, o início de uma nova trilogia de Star Wars que irá se iniciar a partir de Star Wars: The Force Awakens. E também torcer para que este novo início não vá para o caminho das trevas como aconteceu uma outra vez, em uma década não tão distante, povoada de efeitos especiais chatos, personagens desinteressantes e uma historinha de amor pra lá de babaca e falsa. Mas enfim, vamos falar de coisa boa.
O início de Return of the Jedi tem uma sacada muito legal em relação aos demais. Ele não se apressa a mostrar novamente todos os personagens ao mesmo tempo. É como um espetáculo onde cada personagem vai ressurgindo, pouco a pouco, para manter o clima de suspense no ar. Leva bastante tempo até que todos ressurjam de novo. Você vai vendo um sinal aqui, outro ali, de repente aparece mais um personagem, depois outros sinais, até que todos eles estejam na telona de novo, reunidos, para deleite dos fãs.
A história deste último filme reinicia onde o anterior parou. Fazendo uma rima com o primeiro filme da série, onde nós vimos primeiramente os androides aparecerem, vemos aqui R2 e 3PO irem a algum lugar no deserto. Até aqui, só vemos então os androides, nem sinal ainda de Luke, Han ou qualquer outro.
Os dois androides inseparáveis adentram a fortaleza daquele caçador que havia sido falado desde o primeiro filme, mas até então não havia aparecido, Jabba The Hut. O que acontece é que Leia tenta se infiltrar disfarçada no lugar do criminoso espacial, tentando resgatar Solo, e é capturada, mas não sem trazer o caçador de recompensas de volta aos vivos. Jabba mantém a princesa Leia cativa em seu harém e Han Solo prisioneiro. Vemos também que os androides trazem uma mensagem de Luke Skywalker, que já havia se infiltrado no salão de Jabba, junto com Lando e o resto da aliança dos rebeldes. Uma vez que todos são aparentemente capturados, Jabba decide jogá-los para o monstro Sarlacc, mas em um ato de bravura da resistência, em cenas onde vemos os personagens todos finalmente reunidos, a resistência sai ganhando e Leia estrangula Jabba, matando-o. Aliás, com aquele trajezinho mínimo que ela vestia, acho que até eu me estrangularia sem querer, enquanto admirava! Uh lá-lá! É... bom... enfim...
Após isso, a resistência prepara sua próxima ofensiva, enquanto Luke e Leia ficam sabendo que são irmãos. Quem nos informa é Yoda, que morre após dizer a Luke que "há um outro Skywalker", e então, o espírito de Ben Kenobi vem a Luke mais uma vez explicar a situação, dizendo que realmente, Luke e Leia são filhos legítimos de Anakin Skywalker, também conhecido por Darth Vader, e que uma vez, há muito tempo atrás, foi um guerreiro Jedi.
Mais uma rima com o primeiro filme acontece, quando descobrimos que o Império está construindo mais uma Estrela da Morte, que só poderá ser destruída através da floresta do planeta Endor. A resistência parte para lá e somos apresentados aos habitantes da floresta, os Ewoks, uma tribo de ursos guerreiros da floresta. E é aqui que o filme começa a destoar um pouco. Este foi o momento onde vimos que George Lucas estava começando a ficar meio abobado. Imaginem só... ursos primitivos guerreiros que conseguem destruir quase sozinhos um império galáctico inteiro... é muita coisa para engolir de uma vez, não é mesmo? Sem contar que os tais Ewoks tem um fator de fofura extrema que é difícil até hoje para os fãs engolirem, e a gente só engole porque foi provado para nós, a partir dos anos 90, que nada é tão ruim assim que não possa piorar mais. Mas é melhor deixar isso pra lá.

Rola então toda a batalha de Endor, enquanto que o imperador dos Sith, Vader e seu filho se encontram, no clímax da trilogia. Luke é tentado à ir para o "dark side", mas resiste bravamente, em um embate furioso contra seu pai e as forças que o subjugam. Ao decepar a mão de Vader, Luke tem uma outra surpresa, ao perceber que se tratava de uma mão mecanica, exatamente como a que Luke tem agora, e que realmente não é tão diferente assim de seu pai. Luke então encara de frente o imperador e diz que não se juntará a ele.
Finalmente, o imperador, vendo-se sozinho, tenta destruir Luke, mas Vader passa por um conflito interno e no fim das contas, resolve destruir o imperador, salvando seu filho. Os dois escapam, mas Vader está fraco; Luke tira a máscara dele e encara seu pai face a face, vendo-o morrer finalmente.
Ao mesmo tempo, os outros destroem enfim a última Estrela da Morte, e o conflito acaba, colocando um fim à longa guerra. Vemos então, Luke, Solo, Leia e os Ewoks celebrando o fim do Império Galáctico em uma cerimônia na floresta regada à música "Yub Nub", que significa liberdade na língua dos Ewoks. Luke então vê o espectro de Ben Kenobi, Yoda e o velho espectro de Anakin, o ex-Vader, seu pai, o elenco do filme todo junto e reunido, pela última vez, na última cena de uma trilogia que marcou história.

Mas enfim, Return of the Jedi - a versão theatrical - é uma conclusão fantástica de uma das melhores - e para muitas pessoas, a melhor - trilogias que já foram feitas na história. Emocionante, tensa, uma verdadeira aventura que reforça ainda mais os valores morais entre pai e filho, e que faz com que tudo no final termine em família, com estes personagens se despedindo de nós ao som de tontons e de capacetes de soldados clone. Uma trilogia que influenciou muitas pessoas e que ainda influenciará gerações por vir, e se a Força ainda nos ajudar, quem sabe futuramente não poderemos ver as versões originais, as versões theatrical descritas aqui neste especial em formato blu-ray? Vamos todos cruzar os dedos e torcer! E também torcer para que o novo filme também nos ajude e esteja do lado da Força, como sempre esperamos no passado.
Vejo vocês no cinema, em poucas semanas!
QUE A FORÇA ESTEJA COM VOCÊS!
Return of the Jedi (1983)
Título em português BR: O Retorno do Jedi
Nota: 8,5 / 10
Direção: Richard Marquand
Produção: Jim Bloom, Howard G. Kazanjian, George Lucas, Rick McCallum, Robert Watts
Roteiro: Lawrence Kasdan, George Lucas
Trilha Sonora: John Williams
Estrelando: Mark Hamill, Harrison Ford, Carrie Fisher, Alec Guinness, Anthony Daniels, Kenny Baker, Peter Mayhew, David Prowse, James Earl Jones, Sebastian Shaw, Ian McDiarmid, Frank Oz, Tim Rose, Billy Dee Williams
Outros filmes desta cinessérie:
Novos prelúdios e derivados:
- Solo: A Star Wars Story (Solo: Uma História Star Wars) (2018)
- Rogue One: A Star Wars Story (Rogue One: Uma História Star Wars) (2016)
- Rogue One: A Star Wars Story (Rogue One: Uma História Star Wars) (2016)
Novas sequências:
- The Rise of Skywalker (A Ascensão de Skywalker) (2019)
- The Last Jedi (Os Últimos Jedi) (2017)
- The Force Awakens (O Despertar da Força) (2015)
Prelúdios:
- Episode III - Revenge of the Sith (Episódio III - A Vingança dos Sith) (2005)
- Episode II - Attack of the Clones (Episódio II - O Ataque dos Clones) (2002)
- Episode I - The Phantom Menace (Episódio I - A Ameaça Fantasma) (1999)
Trilogia clássica:
- Return of the Jedi (O Retorno do Jedi) (1983)
- The Empire Strike Back (O Império Contra-Ataca) (1980)
- The Empire Strike Back (O Império Contra-Ataca) (1980)
- Star Wars (Guerra nas Estrelas) (1977)
Trailer:
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