Monday, May 7, 2018

NO CINEMA: Pacific Rim: Uprising

6,5 / 10
Segundo filme da cinessérie Pacific Rim diverte bem quando se foca no prato principal, que é a quebradeira entre máquinas e monstros,  mas mantém a mesma trama rasteira do primeiro.

Confira minha opinião!

Título brasileiro: Círculo de Fogo: A Revolta
Direção: Steven S. DeKnight

Estrelando: John Boyega, Scott Eastwood, Cailee Spaeny, Burn Gorman, Charlie Day, Tian Jing, Rinko Kikuchi, Karan Brar, Wesley Wong, Ivanna Sakhno, Mackenyu, Lily Ji, Shyrley Rodriguez, Rahart Adams, Levi Meaden, Dustin Clare, Chen Zitong, Madeleine McGraw, Josh Stamberg, Stephanie Allynne, Luke Judy, Bridger Zadina, Tim Johnson Jr., Erik Aadahl


Estava eu saindo do serviço e uma aluna particular minha disse para adiar nosso dia de aula. Então eu decidi pegar uma sessão de cinema, mas filmes realmente bons estavam em falta. Decidi então por ver este aqui. Não que eu tenha achado o primeiro Pacific Rim uma maravilha, foi bem irregular e previsível na minha opinião, um verdadeiro filme-pipoca dos mais rasteiros em termos de trama e desenvolvimento. Valeu somente pela homenagem que o filme presta aos robôs e criaturas gigantes do imaginário popular.
Tá certo assim, produção? Jagger contra cajú? Beleza, já era!

Sendo assim, fui para a sessão deste aqui sem esperar grandes coisas, aliás, eu achei mesmo que eu iria sair da sessão sentindo que perdi meu tempo. Mas, no final, eu acabei me divertindo bem mais do que com o primeiro filme da série. Não me entenda mal, trata-se da mesmíssima trama rasteira e previsível do primeiro, mas este aqui parece ter um pouco mais de vivacidade; além disso, as batalhas entre os robôs e criaturas monstruosas foram bem mais legais e bem coreografadas, então o que valeu foi isso. Resumindo em uma imagem, o que me deixou satisfeito mesmo de ver neste filme foi isto aqui do lado!

Ok galera, falando sério agora, este é o pretexto principal mesmo pra se ver este filme, não tem outra coisa! Desenvolvimento de personagem é precário, quase não tem! Tem lá o personagem do John Boyega, o Finn da nova trilogia de Star Wars, que é filho do negão do primeiro filme feito pelo Idris Elba, que morreu lutando, o general Pentecost. Aí tem lá o filho do Clint Eastwood, se não me engano chama Scott, com o personagem dele, o Lambert, este é um novo cadete lá da organização que desenvolve os robôs. Aos poucos, vendo este filme, eu fui me recordando de conceitos estabelecidos do primeiro que eu não me lembrava mais, como o fato dos robôs jaeggers terem que ter dois pilotos e esses dois pilotos terem que estar mentalmente conectados para lutarem bem. Para mim, o máximo que teve de interessante em termos de desenvolvimento de personagens humanos foi isso daí, o resto é uma negação.

É basicamente dessa maneira: desliga o seu cérebro quando entrar na sala de cinema e se divirta com o escapismo. Não tem nada que você vai perder de importante, pode até ir no banheiro no meio do filme que não tem importância, quando voltar, você ainda vai estar sacando a história.

Ah, teve também um momento "crítica social" do filme que eu achei engraçado! É bem rápido, mas foi bacana! É quando uma mulher, que ocupa uma posição de prestígio lá na academia de jaeggers, chega de carro em frente ao prédio, e na rua, você vê pessoas fazendo protestos e piquetes contra os jaeggeres! Sim, sem brincadeira! Pelos cartazes, dava pra ver dizeres como "acabem com os jaeggeres!", ou então um cartaz com a palavra "aceite!", em cima de uma pata verde do que parece ser um kaiju! Puts grila! Na hora eu pensei naquele ignorante do Gregório Duvivier pedindo o fim da Polícia Militar! Ha ha ha! Que foda! Só faltou ter gritinho de ordem da multidão dizendo "não acabou, tem que acabar...", ou então um dos protestantes chegar e dizer "kaijus não são monstros, são vítimas da sociedade opressora capitalista!", ha ha ha ha!! Ia ficar bem mais engraçado a sátira, se tivesse! É... as eternas e infindáveis chatisse e burrice humanas acabaram chegando nos filmes de Hollywood também! Que bom que, independente dos problemas que este filme tenha, eles resolveram satirizar essa babaquice dos chamados "social justice warriors" americanos, que são os esquerdopatas de lá, pra variar, defendendo os vilões da história. Só por isso, o filme ganha uns pontinhos extras de mim!

Bom, passados estes momentos dos personagens humanos, tem a parte que realmente interessa no filme, que é a pancadaria entre robôs e monstrengos! E tome cacete dos robôs, e tome patada e rabada do kaiju da semana, e tome pancadaria generalizada! E desta vez, TOME kaiju abocanhando robô e destroçando ele como se fosse uma pecinha de Lego! BOA!! É pra ver isso que eu paguei a meia-entrada do filme!! Quando a trama se centra nos personagens humanos, dá até um ar de sono, mas quando os robôs e monstros computadorizados começam a descer a porrada uns nos outros, aí fica bom! A trama desse filme se passa após 10 anos do primeiro, mas sério, isso não faz absolutamente diferença alguma. Esse filme é como se fosse um Transformers melhorado, não chega a ser bom, mas já é bem melhor do que as pataquadas do Miguel Besta.

E pra melhorar mais ainda, teve a presença do ilustre Eduard Khil, mais conhecido hoje como Mr. Trololo! Só isso já aumenta mais meio ponto para o filme!

Enfim, eu já meio que sabia de antemão que eu iria ter isso daí, fui ver este filme mesmo porque já não tinha outra opção para mim, e eu procurava mesmo só um pouco de escapismo barato para me divertir um pouco. Se isso é o que você procura, então vá você ver lá os robôs darem pescotapa nos lagartões do Pacífico. Não vá esperando uma obra que te faça pensar, amigo! Fora a crítica social aí acima do filme que foi bacana, nada mais consta! É como eu já te falei: deixa os personagens lá se preocuparem em manter os sistemas ligados! Você desliga o seu cérebro e se divirta com a pancadaria. É isso!

Esses dias agora mesmo eu estava vendo aquela animação japonesa do Batman que tem robôs no meio, muito mal e porcamente colocados! É uma das coisas mais porcas e mal feitas que eu já vi em termos de trama e condução de narrativa. Ainda bem que, por mais que Pacific Rim tenha uma traminha manjada, essa parte da pancadaria dos robôs e monstros é bem executada! Pelo menos dá pra gente se divertir de forma despretensiosa. E já que a moda é fazer referência de robô gigante clássico, eis aqui uma deste nerdão de quase quarenta anos de idade que vos fala:

GIGANTE GUERREIRO DAILEON!

É... tô ficando velho! Tchau proceis, vou comer um boi!

Pacific Rim: Uprising (2018)

Produção: John Boyega, Cale Boyter, Jennifer Conroy, Guillermo del Toro, Jon Jashni, Femi Oguns, Mary Parent, Thomas Tull
Roteiro: Steven S. DeKnight, Emily Carmichael, Kira Snyder, T.S. Nowlin (baseado em personagens criados por Travis Beacham)
Trilha sonora: Lorne Balfe

Outros filmes desta cinessérie:
Pacific Rim: Uprising (Círculo de Fogo: A Revolta) (2018)
- Pacific Rim (Círculo de Fogo) (2013)

Trailer:



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