Saturday, May 12, 2018

FILME: Death Wish

10 / 10
Clássico de ação de Michael Winner com Charles Bronson no papel principal é um prato cheio se você é um cara como eu, que sente falta do bom cinema de ação.

Confira minha opinião!

Título brasileiro: Desejo de Matar
Direção: Michael Winner

Estrelando: Charles Bronson, Hope Lange, Vincent Gardenia, Steven Keats, William Redfield, Stuart Margolin, Stephen Elliott, Kathleen Tolan, Jack Wallace, Fred J. Scollay, Chris Gampel, Robert Kya-Hill, Edward Grover, Jeff Goldblum, Christopher Logan, Gregory Rozakis, Floyd Levine, Helen Martin, Hank Garrett, Christopher Guest, Marcia Jean Kurtz


Uma indicação de filme clássico de ação antes do dia das mães, para aqueles que, como eu, estão aguardando para ver o remake com Bruce Willis nos cinemas.

Quando eu era pequeno, meu pai tinha uma fita cassete, daquelas antigas mesmo, na época a gente chamava assim, porque ela rodava no videocassete, que era a nova sensação daquele momento, muito, mas muito antes de surgir o DVD! Hoje é o famoso VHS, mas na época a gente chamava de videocassete. Eu e meu irmão vimos muitos filmes no bom e velho videocassete, foi através dele que a gente descobriu clássicos de ação como Die Hard, Tango & Cash, e outros filmaços clássicos de ação e aventura. Fiquei até triste quando vi a notícia de 2016, dizendo que o videocassete acabou, mas eu ainda faço questão de manter o meu aqui, porque eu quero que minha filha conheça a mídia que me apresentou tantos filmes legais.

Pois bem, voltando ao meu pai, ele tinha essa fita cassete cujo rótulo se lia "Desejo de Matar 2". Eu nunca havia me atrevido a pegar aquele filme para ver, porque minha mãe sempre dizia que eu ainda não tinha idade para ver aquilo, que era muito violento pra mim, e coisas assim. Porém, um dia você cresce, e quer mexer nas coisas do seu pai que você não podia mexer algum tempo atrás, óbvio, he he he! Não que eu não havia mexido antes... a fita BASF dele com o show completo do Ary Toledo eu degustava sempre que meus pais saíam e me deixavam em casa, e eu dava altas risadas; depois colocava a fita no lugar bonitinho onde estava quando eles chegavam.

Enfim, peguei o filme pra assistir, e era violento mesmo! Não me lembrava muito das falas, porque era legendado, e na época eu não sabia falar inglês, então ficava difícil de lembrar, mas reassistindo o primeiro filme da série após tanto tempo, Death Wish, você se pega no embalo e vai atrás de ver o restante. E o negócio era bacana mesmo! Foi assim que eu comecei a ir atrás de outros filmes do Charles Bronson, como o também muito famoso The Mechanic, que é um clássico do cinema de ação setentista. Mas Death Wish é ainda o mais famoso do ator.

Recentemente, outro astro de ação, Jason Statham, fez um remake de The Mechanic. Agora, Bruce Willis resolveu também homenagear Bronson fazendo uma nova versão de Death Wish; eu nunca fui muito chegado em remakes, mas como estão faltando bons filmes de ação como estes no mercado hoje, eu resolvi dar uma chance, portanto, vamos olhar o filme clássico de 1974 antes de falarmos sobre o do Willis, segunda-feira agora, quando eu for conferir.

Na história, temos Paul Kersey, um arquiteto que tem uma esposa e uma filha casada. Ele é o antigo e clássico "liberal" americano, muito diferente desse bando de retardados mentais que assolam os EUA hoje, e como um bom "liberal", ele não é muito fã de armas, muito embora seu pai tenha sido um caçador e portanto ele tenha um histórico com elas.

Só que aí, uma dupla de bandidos acabam invadindo a casa dele, e matando a esposa dele e estuprando a filha, que acaba indo para uma clínica de reabilitação mantida por freiras. Kersey acaba ficando mais próximo de seu genro, e conversa com ele sobre a situação que enfrentam. Eis que um dia, ele está em um hotel, e ele abre um embrulho que tinha em sua mala; era uma caixa contendo uma pistola com munição inclusa. Ele vê aquilo e tem uma vontade enorme de sair por aí fazendo justiça com as próprias mãos. E sai!

Em pouco tempo, ele fica conhecido nas ruas de New York como "o vigilante"; as pessoas não sabem quem o vigilante é, afinal, naquela época não havia câmeras nas ruas, smartphones, nem nada disso, e quem quer que fosse, não corria o risco de ser gravado, ou de ter uma foto sua tirada por alguém, portanto ele escapava fácil do olho público, e noite após noite, ele seguia na sua cruzada, ajudando pessoas que precisassem, e matando bandidos que ousassem abordar o arquiteto. Basicamente se trata de um faroeste nas ruas da cidade, ou se preferir, um dos primeiros exemplares de filmes que discutiam a questão dos justiceiros nas ruas, em detrimento do trabalho policial. Há até uma cena do filme que mostra uma gravação de um faroeste, para fazermos esta ligação.

Com certeza, este é um dos melhores filmes da carreira de Charles Bronson. É um filme bastante ácido em termos de crítica social também. A própria violência mostrada demonstra essa critica, sem contar a sede de vingança do arquiteto cada vez que sai nas ruas. Ele age feito o próprio Justiceiro, da Marvel, não tem reservas em matar seus oponentes, e de um sujeito pacato, que até mesmo vomitou no banheiro a primeira vez que tirou uma vida, ele se torna um cara frio e calculista.

O final do filme também é divertido. Ele é convidado pelo comissário de polícia para se mudar de cidade, e assim que chega, ajuda uma mulher que foi atacada no terminal por maus-elementos; ajoelhado, ele faz a mão dele assumir a forma de uma arma, sorri e aponta para os arruaceiros.

O filme teve mais quatro sequências, mas os que eu mais me lembro de ter assistido são este aqui e o segundo, que meu pai tinha em VHS. Para quem como eu sente falta daquele filmão de ação estilo macho-alfa, bom, violento e sem frescuras, eu recomendo este clássico do cinema de ação, que também conta com uma trilha sonora excelente de Herbie Hancock. Eu só espero que o remake de Eli Roth tenha feito justiça ao original aqui de Michael Winner, porque realmente estamos precisando de mais filmes assim atualmente para acabar com toda essa frescurada politicamente correta que foi se impondo na sociedade "moderna".

Death Wish (1974)

Produção: Hal Landers, Bobby Roberts, Michael Winner, Dino De Laurentiis
Roteiro: Wendell Mayes, Gerald Wilson, Michael Winner (baseado no livro de Brian Garfield)
Trilha sonora: Herbie Hancock

Outros filmes desta cinessérie:
- Death Wish V: The Face of Death (Desejo de Matar 5) (1994)
- Death Wish 4: The Crackdown (Desejo de Matar 4: Operação Crackdown) (1987)
- Death Wish 3 (Desejo de Matar 3) (1985)
- Death Wish II (Desejo de Matar 2) (1982)
- Death Wish (Desejo de Matar) (1974)

Trailer:

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