Friday, January 19, 2018

NO CINEMA: Darkest Hour

10 / 10
Thriller político dirigido por Joe Wright acompanha os primórdios da vibrante trajetória de Winston Churchill, e como ele veio a influenciar o modo de vida e as tradições bem como as conhecemos hoje em dia.

Confira minha opinião!

Título brasileiro: O Destino de Uma Nação
Direção: Joe Wright
Estrelando: Gary Oldman, Kristin Scott Thomas, Ben Mendelsohn, Lily James, Ronald Pickup, Stephen Dillane, Nicholas Jones, Samuel West, David Schofield, Richard Lumsden, Malcolm Storry, Hilton McRae, David Strathairn


Este é o filme político mais extraordinário que eu vi recentemente. Não se trata somente de uma pessoa em específico, que é sim, excepcional e única, mas também se trata de uma mensagem para o futuro. Darkest Hour, filme dirigido por Joe Wright (Pride & Prejudice, Anna Karenina) é um thriller político emocional, forte, e que nos encoraja a procurar e perceber a verdade; nos clama por lucidez, e nos convida à lutarmos por justiça.

Não menos extraordinário, é a icônica figura de Winston Churchill, interpretado aqui pelo fantástico ator Gary Oldman, em uma atuação que na verdade é uma transformação. Churchill é retratado pelo ator britânico e ex-comissário Gordon com maestria e uma maquiagem nada menos que perfeita. Fico até mesmo triste e desolado de ver a situação constrangedora e trágica que a Inglaterra vem passando hoje em dia com um bunda-mole como Tony Blair, e imaginando como será que o país poderia superar mais esta crise. Homens de fibra e coragem, firmes como Churchill fazem muita falta no mundo atual.

O filme também faz um paralelo com as situações dos soldados na região de Dunkirk, retratadas ano passado no excelente filme de Christopher Nolan. Eu até recomendaria que vocês assistissem Darkest Hour agora e logo em seguida pegassem Dunkirk para assistir, e verá como se complementam muito bem; é como se Joe Wright tivesse resolvido falar da figura histórica de Churchill, e Nolan fosse lá, pegasse uma lupa, e aumentasse Dunkirk de tamanho para podermos ver em detalhes o que estava acontecendo por lá. Sensacional!

A história mostra os primeiros dias de Churchill no parlamento inglês, nos anos 40; ele é convocado pelo rei George VI para bater de frente com o exército vermelho de Hitler. Só que Churchill tem muitos outros problemas com o próprio parlamento inglês, que querem cometer o absurdo de tentar "negociatas" de paz com os nazistas.

Churchill é o tipo de homem que tinha suas manias e podia parecer rude em certos momentos, mas praticava a compaixão. Ele entendia que não era um homem que viveu como o resto de seu povo, mas tentou se colocar no lugar do cidadão comum, no episódio do metrô, por exemplo, para saber realmente o que as pessoas pensavam.

Se não fosse por Churchill e sua teimosia, coragem, determinação e firmeza, hoje em dia, a Inglaterra seria uma colônia nazista. Foi graças a pessoas determinadas como ele, que o mundo ocidental pôde, até hoje, desfrutar da liberdade que ainda tem. Conservador ferrenho, Churchill não mediu esforços, e chegou até mesmo a esbravejar com seus próprios colegas do parlamento (e com a pobre da escrivã, que no final, acaba apoiando o senhor primeiro-ministro). Uma de suas frases mais marcantes é essa: "você não negocia com o leão se está com a sua cabeça na boca dele", se referindo ao pacto que o parlamento britânico, com toda sua inteligêntsia, queria fazer.

Há várias outras de suas citações que também me inspiram:
- "Você tem inimigos? Que bom! Significa que você lutou por algo na sua vida.";
- "Se você está atravessando o inferno, não pare!";

Todas elas, muito inspiradoras e motivadoras! Mas tem uma em especial, que eu acho certinha para o mundo moderno do mimimi:

- "Você nunca alcançará seu destino se você parar para jogar pedras em todo cachorro que latir".

Apenas sente, pense, reflita! Pense nas vitimizações atuais, pense no PC, nos tais "safe spaces" que infelizmente ocupam as universidades americanas. Pense nas multidões de idiotas úteis que a todo momento esbravejam por causa de algo, sem se dar conta de que eles sim, se tornaram a própria coisa que dizem combater.

Churchill era um exímio orador, pensador, e um ótimo influenciador. O filme exagera um pouco em retratar as suas gracinhas; sim, ele tinha senso de humor, mas aqui isso fica meio romanceado demais, mas tudo bem, creio que isso ajuda as pessoas a se relacionarem melhor com a figura histórica, muito embora seja um exagero.

E voltando à questão da sua firmeza de atitudes, creio que esta lição é a que será da mais alta importância para o mundo "moderno", porque a Europa está se esfacelando com as migrações islâmicas, e terá graves difiiculdades futuras em se recuperar se não agir logo. Países como Inglaterra, Suécia, França, Alemanha e outros, estão sendo destruídos pouco a pouco, seus monumentos históricos tombados, sua população substituída... tudo em nome do tal do "multiculturalismo" e da atitude estupidamente condescendente das autoridades contra seu próprio povo. É triste constatar isso.

A realidade moderna pede por mais homens de fibra como Churchill, independente se você gostar disso ou não, Churchill nos ensina: não existe negociação com leões que podem te devorar a qualquer momento. O filme é muito eficiente em nos passar esta mensagem, e ao terminar, você não consegue parar de pensar nas inúmeras relações e paralelos que ele faz com o mundo de hoje. Fica até parecendo que Churchill está aqui, e que ele simplesmente acabou de dizer estas coisas, de tão atuais que elas são.

Brilhantemente realizado e fotografado, com uma ótima trilha sonora e atuações marcantes, Darkest Hour é recomendação máxima que eu faço a você. Todo mundo deveria assistir este filme para entender melhor o que estamos passando agora, e o que poderíamos tentar fazer para recuperar a sanidade e lucidez perdidas de nosso mundo. A partir da sua conversa com as pessoas do metrô, Churchill nos prova que a verdade é uma só, e que aponta apenas para uma direção. Tentar qualquer outra coisa, é tolice, é teimar em não enxergá-la.

Darkest Hour (2017)
Produção: Tim Bevan, Lisa Bruce, Eric Fellner, Anthony McCarten, Douglas Urbanski
Roteiro: Anthony McCarten
Trilha sonora: Dario Marianelli

Trailer:

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