Friday, November 11, 2016

NO CINEMA: Doctor Strange (Doutor Estranho)


Nota: 8,5 / 10

Enfim chegamos ao último filme de quadrinhos do ano de 2016, Doctor Strange. Foi um ano bem movimentado para o gênero. E a Marvel Studios fecha este ano com um ótimo filme, meio desencontradão lá para o final, mas no geral, muito legal e divertido.

Minha experiência foi positiva, pelo fato de que eu conheço muito pouco do personagem em questão. Eu sabia que ele era capaz de distorcer o espaço-tempo e mexer com as realidades, algo que eu sempre curti, por isso, quando foi anunciado o filme do Doutor Strange (sim, este é o nome dele, Stephen Strange, fizeram um desserviço ao traduzirem o nome para o português), fiquei bastante ansioso para conferir, só que nos quadrinhos da Marvel, eu não o via tanto assim. No fim das contas, valeu a pena, trata-se de mais um ótimo filme do universo da Marvel Studios!

A trama gira em torno do neurocirurgião do título (Benedict Cumberbatch), que é considerado por muitos como o melhor de sua área. Egocêntrico e orgulhoso, ele aceita os casos que quer e dispensa os que não interessam para o seu currículo. Só que um dia, o pobre doutor sofre um acidente de carro e vai para a cama do hospital, passando por nada menos que sete procedimentos cirúrgicos, que no fim das contas acabam não o curando completamente, uma vez que suas mãos ficam trêmulas, fato que o coloca fora de circulação da prática médica.

Aí ele ouve dizer de um cara, Jonathan Pangborn (Benjamin Bratt) que teve seu corpo todo avariado e não via mais chances de usar seu corpo para nada, mas acabou indo para um templo que o fez voltar a andar e fazer tudo normalmente. É aí que Strange resolve viajar para lá, e acaba descobrindo as artes místicas da magia interdimensional que lhe conferem os poderes pelos quais é conhecido.

A partir disso, conhecemos os personagens do Tibet, que ensinaram as artes mágicas a Strange, como Mordo (Chiwetel Ejiofor), A Anciã (Tilda Swinton) e Wong (Benedict Wong). Também ficamos sabendo da existência de Kaecilius (Mads Mikkelsen), um renegado do templo que se virou contra seus mestres e encontrou um novo mestre, Dormammu (voz de Cumberbatch), que vive em uma realidade além do tempo terrestre. Temos também o interesse amoroso de Strange, Christine (Rachel McAdams), que trabalha com ele no mesmo hospital.

O que acontece é que Strange foi ao Tibet para curar suas mãos, mas acabou aprendendo muito mais sobre si mesmo do que jamais imaginou que aprenderia. Strange acaba se tornando um dos mais capacitados mestres magos e recebe a missão de deter Kaecilius, resultando em cenas de ação bacanas, e toda aquela trama interdimensional legal que existe nas HQs da Marvel.

O conhecido humor da Marvel Studios está aqui mas não tão desbocado, podemos dizer traquilamente que a Marvel maneirou bastante este ano no humor. Uma parte muito engraçada é quando Wong está na biblioteca e Strange fica abrindo portais e roubando livros para aprender outros truques, este trecho foi bem divertido.

Agora, teve uma parte do filme bastante interessante que foi o embate entre Strange e Dormammu, em que o doutor coloca o ser interdimensional em um loop temporal, e a coisa fica bacana porque do ponto de vista técnico, você tem a oportunidade de ver Cumberbatch trabalhar várias interpretações diferentes para uma mesma situação; normalmente você só vê esse tipo de coisa nos extras de making off de um filme, quando os atores estão fazendo várias tomadas de uma mesma cena e depois escolhendo a que ficou melhor, mas aqui esses momentos fazem parte da narrativa do filme, o que fez a coisa ficar bem bacana.

A fotografia do filme é soberba, os efeitos fantásticos, principalmente quando mostram os personagens no plano astral, os mundos interdimensionais realmente perfeitos, e muito do visual do filme pega emprestado o que Christopher Nolan inovou em um de seus filmes de maior sucesso, Inception, de 2010, criando visuais de construções e divisões temporais bem semelhantes àquelas que a gente vê no filme de Nolan, com as ruas se dividindo, virando 90 graus, enfim, o filme é de um brilhantismo visual de cair o queixo.

Só o final que eu achei que ficou meio embolado e foi resolvido meio as pressas, pelo menos foi o que eu senti, mas de forma geral, eu curti muito a experiência e gostei mais ainda da mensagem final, "Doctor Strange will return"; este é, sem dúvidas, um dos melhores filmes da Marvel Studios, especialmente se considerarmos que o personagem protagonista é um personagem de menor escalão nas HQs. Recomendo muito assistir, e de preferência em uma tela grande, para dar mais imersão. Ah sim, e como sempre, tem aparição do Stan Lee!

E vê se não sai correndo da sala como se quisesse tirar o pai da forca, viu energúmeno!? Tem cena extra entre os créditos e cena extra depois que acabam os créditos, então senta a bunda na cadeira e espera, porque a primeira já direciona para os eventos do próximo filme dos Vingadores, que vai envolver a equipe, Thanos e as jóias do infinito, e a segunda resolve um traço de personalidade de Mordo que até o momento não havia ficado muito claro. Enfim, vá aos cinemas assistir Doctor Strange e acredite nas impossibilidades! Você vai se surpreender.

Doctor Strange (2016)
Título em português BR: Doutor Estranho

Direção: Scott Derrickson / James Gunn (aparição de Stan Lee) / Taika Waititi (cena entre-créditos)
Produção: Kevin Feige, Stan Lee
Roteiro: Jon Spaihts, Scott Derrickson, C. Robert Cargill (baseado em personagens das HQs criados por Stan Lee e Steven Ditko)
Trilha Sonora: Michael Giacchino

Estrelando: Benedict Cumberbatch, Chiwetel Ejiofor, Rachel McAdams, Benedict Wong, Mads Mikkelsen, Tilda Swinton, Michael Stuhlbarg, Benjamin Bratt, Scott Adkins, Chris Hemsworth, Stan Lee

Filmes do Universo Cinemático Marvel:
ESPECIAL: Universo Cinemático Marvel

Trailer:

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