Tuesday, June 30, 2015

GAME: Doom (Xbox Live Arcade)

E eis que eu olho na janela da minha conta do XBOX Live e lá está o game do longínquo ano de 1993, Doom, que saiu primeiro para Super Nintendo e Sega Genesis! Eu era molecão ainda, vidrado em detonar games; games sempre foram meu vício, ficava horas e horas jogando! Mas meu primeiro contato com um game FPS (First Person Shooter para os desinformados) foi com Duke Nukem 3D alguns anos a frente, antes dele eu só ouvia a galera falar daquele game "muito foda" e "muito dahora" em 3D (era o início da terceira dimensão nos games, à época) que você jogava no ponto de vista do personagem. Eu ficava imaginando mil coisas na cabeça! Ficava imaginando os caras vestindo capacete de realidade virtual pra jogar a coisa, inocência das inocências! Um amigo meu chegou a mostrar uma vez a coisa, era só inserir o cartucho no SNES e pronto, você tava jogando. E que jogaço! Gastei 6 reais no XBOX Live, mas agora posso jogar Doom no meu console moderno e na tela da minha TV.

A primeira vez que joguei Doom foi no PC, era final dos anos 90. Que coisa linda! Você era um soldado marine enviado para um planeta distante para detonar alienígenas malvados! O game é o mais simples possível, nem história tem direito! Mate tudo que vier na sua frente. Ponto. É isso. Ah sim, você tem que passar pelas fases labirínticas do game, encontrar chaves e o caralho a quatro, mas fora isso, é só matar tudo e todos que aparecerem. Hoje em dia os FPSs estão bem mais rebuscados, alguns deles estão até mais realistas.

Exemplo é o Halo, que começou em 2001 com essa coisa de você só poder carregar duas armas de cada vez. Por mais que eu goste de jogar Halo, eu tenho que dizer que isso é muito chato! OK, eles mantém as características realistas, afinal de contas, ninguém na vida real consegue carregar o tanto de armas que se carrega nos FPSs clássicos, como Quake, Doom, Duke Nukem 3D, Heretic, Wolfenstein, etc. Mas porra, aí é que está a diversão da coisa! A falta de realismo nesse caso contribui para o aumento da diversão! O desafio está garantido, você se perde pra caramba nas fases labirínticas do game, eu me perdia sempre, sou ruim de mapa que dói! E ainda por cima carregar uma ou duas armas, quando você quer curtir aquele arsenal imenso que o game te proporciona? Ah, pára! Eu gosto muito de vários FPSs mais modernos, The Darkness, Halo, Dishonored etc, mas puts, nenhum deles tem essa diversão de você ter o arsenal de armas inteiro a sua disposição a qualquer momento! E nesse ponto, os clássicos saem ganhando de lavada!

É muito bacana ver os gráficos 3D primitivos ampliados na tela de sua TV. Aqueles gráficos nada realistas, mas que são fodas de olhar! E quem é mas velho, eu duvido, eu duvido que não jogava Doom sem ficar falando "aaahh, si fudêê!!", "aah, tomá no cú!", "morre aê!" e outras pérolas! Principalmente quando estava junto aos amigos, era foda ao quadrado! Ou então ficar imitando o som de porco dos monstros quando morriam "oinc, oinc" cada vez que passava por eles.

E as armas, hein? Uma mais bacana que a outra! Você começava o game com a pistola padrão e seus punhos. Depois ia adquirindo escopetas,  automáticas, bazucas, lasers, tinha até uma serra elétrica pra você serrar os monstros, era maneiro; além dos itens, como armaduras e capacetes de proteção e outros itens. Achar as chaves na fase era primordial para seguir em frente, a dificuldade do game está justamente aí. Os inimigos variam entre atiradores que foram consumidos pelos aliens, criaturas marrons horríveis, bestas do apocalipse, etc. É uma gama criativa de inimigos e que dará bastante trabalho. Tem até as criaturas invisíveis clássicas! Malditas criaturas invisíveis! Eu odiava aquilo!

A trilha sonora então era matadora, um misto de rock e heavy metal com blues sintetizado nos teclados da época! Aquela trilha ficou na nossa cabeça!

É isso, amigo! Doom era divertidíssimo antigamente e continua a ser divertido nos dias de hoje. Os quatro episódios, incluindo o quarto, da versão Ultimate do game estão todos lá para você jogar, Knee-Deep in the Dead, The Shores of Hell, InfernoThy Flesh Consumed. Quase tudo lá, como nos lembramos. Só não dá para inserir os famosos cheat codes que se usava antigamente. Pois é, hehe, a gente trapaceava um tanto quando jogava Doom! E todo marmanjão que nem eu que jogava sabe de cabeça os códigos que se inseria no teclado do computador para se ganhar modo Deus e ser invencível (iddqd), para se ter o arsenal completo e todas as chaves (idkfa) ou até mesmo para se atravessar as paredes no game (idspispopd). Isso ficou plantado e cristalizado no nosso subconsciente. Mas infelizmente os caras do XBOX Live decidiram tirar essa nossa diversão quando portabilizaram Doom para o console. Raios! Agora a gente vai pagar a língua para aquele bonitão que chegava e se gabava, dizendo "ó, eu sou foda, zerei Doom no nível hard sem código nenhum!".

O que nos leva à escolha de níveis de dificuldade. Tem cinco níveis que você pode escolher:

- I'm too young to die (sou jovem demais pra morrer)
- Hey, not so rough (ou, não tão violento)
- Hurt me plenty (pode me machucar!)
- Ultra-violence (ultra-violência, seu drugue maldito!)
- Nightmare! (PESADELO, BEBÊ!)

Eu, jogando de boa, consigo ir até o terceiro nível. Isso, podem me xingar de jogadorzinho borra-cueca, mas olha, você não sabe o quanto os programadores capricharam na dificuldade desses níveis! Em todos esses anos, creio que só uma vez tentei encarar o nível Ultra-violence, e nem consegui passar da primeira fase. Humm... será que os anos de experiência jogando no meu PC me deixaram mais apto? Vamos tirar a prova... vou lá colocar no nível Nightmare, o mais fodido de hard e volto já, já!






NÃO, NÃÃÃO!! ME TIRA DAQUI!! OH MEU DEUS, SÃO TANTOS MONSTROS, AAAAAAHH!!!



Velho, cê tá louco??? Essa dificuldade é impossível!! IM-POS-SÍ-VEL!! Não, na boa, eu acho que os programadores só colocaram ela pra zoar com a nossa cara! É algo do tipo, "ok, seu fodão, então cê quer mostrar que é hardcore, que é duro na queda mesmo? Então encara essa, ô babaca! Hahahaha!" Sádicos de uma figa, John Carmack e John Romero, seus putos!

Os monstros não param de vir na sua direção e parece que quanto mais você os despedaça, mais eles se multiplicam!! Sem contar que nos três primeiros níveis, os tiros fazem você perder energia normal, mas aqui... um tiro só já arranca mais da metade da sua vida!! Nightmare?? Nightmare mesmo!! Esse nível é um PESADELO!!

Mas tudo bem! Enquanto você ficar nos três primeiros, você estará seguro. Pra gente completar essa viagem nostálgica, vamos falar do Multiplayer, que foi adaptado no game para a rede do Xbox Live! Nada muito especial, contém as missões de praxe, modo cooperativo e deathmatch, ou seja, ou você joga em equipe, ou todo mundo se mata. O duro foi encontrar alguém por lá pra dividir a nostalgia comigo! Uma hora eu devo achar por aí. Ah sim, e tem também a clássica tela dividida, ou seja, multiplayer local entre dois jogadores numa mesma sala. Se eu tivesse um segundo controle chamaria meu irmão para a gente dar uns tiros por aqui, enfim, o Multiplayer é o clássico, nada muito diferente do que já se viu.

O que vale aqui é mesmo a satisfação de voltar no tempo e degolar seus inimigos em um dos games FPS mais badass que já foi feito! E isso na época do SNES ainda, sem essas tecnologias modernas que temos hoje. Vale a jogada!

O game também ganhou duas continuações em 1994 e 2004, mas sem o mesmo apelo e fator de diversão do primeiro que acabou ficando mais icônico, e está prestes a ganhar um reboot em 2016 para Windows, XBOX One e Playstation 4; sem contar os diversos hacks e versões que já ganhou para PCs, tablets, celulares e outros consoles! Aqui quem cuida da versão do XBOX 360 é a Bethesda, desenvolvedora da série The Elder Scrolls e do game Dishonored. Além disso, o game foi adaptado para filme em 2005 mas, pulem essa parte, acreditem, nada que valha a pena. Outra hora eu talvez fale sobre isso... ou não.

Agora me dão licença que eu vou tentar encarar esse modo Nightmare de novo! OK, seus monstrengos malditos do inferno, podem vir, podem vir!! Aaahh!! Eu vou acabar com vocêêês!!

Doom (1993)
Nota: 10 / 10

Designers: Sandy Petersen, John Romero, Shawn Green, Tom Hall
Programadores: John Carmack, John Romero
Artistas: Adrian Carmack, Kevin Cloud
Desenvolvedora: id Software, Nerve Software (XBLA)
Distribuidor: GT Interactive (Windows, Mac, Saturn), Activision (GBA, XBLA), Atari (Jaguar), Bethesda Softworks (XBLA), Sega (32X), Valve Corporation (Steam), Williams Entertainment (SNES, PSX), Ocean Software (PAL SNES), Imagineer (SFC)
Plataformas: MS DOS, Windows, XBOX, Linux, MAC, Playstation, SNES, Master System, Sega Genesis 32X, iPhone, iPhod Touch, entre outras.
Gênero: Ação
Modo: Single player, Multiplayer

Site: http://www.idsoftware.com/

Outros games desta série:
- Doom (reboot) (em 2016)
- Doom 3 (2004)
- Doom II: Hell on Earth (1994)
Doom (1993)

Trailer:


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